Aprenda a dizer Não
Por que insistimos em dizer sim quando na verdade não queremos?
É comum recebermos nos consultórios pacientes que lamentam a própria permissividade e/ou que se arrependem por terem dito sim, contrariando as próprias vontades e desejos. E isso se manifesta de forma agressiva posteriormente em sintomas diversos, como: tristeza, arrependimento, remorso, angústia, impotência, nulidade, fraqueza, baixa autoestima, dúvidas em relação a si mesmo, despersonalização etc.
Estes pacientes apresentam muita dificuldade para dizer NÃO QUERO! NÃO POSSO! NÃO VOU! NÃO FAREI ISSO! NÃO ACEITO ISSO! NÃO QUERO DISCUTIR! Etc.
Sabemos que nem sempre é fácil dizer não e que todos estamos sujeitos à essa armadilha do inconsciente – que geralmente relaciona-se ao superego demasiadamente opressor ou extremamente permissivo – contrastando com o ego frágil e submisso. Há nestes casos uma prevalência das forças do Id e do superego – que acabam por sufocar o ego, e daí surgem diversas psicopatologias, em especial o sentimento de impotência e de submissão extrema.
Observamos que a dificuldade de dizer “não” entristece e angustia; aborrece e enfada; escraviza e submete-se; anula e sucumbe à vontade do outro, por isso trabalhamos o autoconhecimento, o autorreconhecimento, a autovalorização através da elevação da autoestima.
Nós analistas, podemos auxiliar o paciente a refletir sobre dizer “não” – “não quero ir à festa / não quero viajar / não quero continuar / não quero fazer isso / não tenho vontade / não é o meu desejo / não vou discutir sobre isso”.
Dizer sim apenas para agradar ou não desagradar o outro é anular-se e, obviamente, submeter-se. Com o tempo isso corrói a mente e causa tristeza profunda e sentimento de nulidade.
Narcizo Pieroni – Psicanalista
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