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Você tapa o sol com a peneira?

O fluxo cotidiano, a celeridade dos eventos, a esmagadora agenda em que a observação de fatos se torna um emaranhado confuso e angustiante resta por nos obrigar ao apelo (inconsciente) a arquétipos (modelos mentais presentes no inconsciente coletivo), instintos e estereótipos (generalizações sobre comportamentos/ características do outro) esse; um modelo visualizável pela categoria da consciência. Até por uma questão de economia energética (já pensou se você tivesse que realizar uma análise profunda a cada ato simples como coar café?), a maior parte das nossas decisões são tomadas com base nessas três categorias.

O problema surge quando, um dia você acorda, pega o trânsito, vai trabalhar e percebe que não está bem; sai com os amigos, vai a uma happy hour e no outro dia está pior. Dias depois, marca uma consulta, faz um checkup e não detecta alterações orgânicas; auto diagnostica uma depressão e toma remédios indicados por um amigo e, não raro, não procura pela instituição mais elementar no tratamento do que “não se vê”: a psicanálise.

Em situações como essa, rotineiramente, assiste-se ao retorno do seu próprio processo de “fazer sem pensar o porquê”: se não cuido do meu corpo ficarei doente; se não cuido de meus filhos, estarão desassistidos; se não cuido do que eu penso, da forma como interpreto os fatos, penso minhas prioridades, organizo minhas metas, crio suporte aos meus objetivos etc, não localizarei meios conscientes, racionais e, infelizmente, viverei a mercê de propagandas milagrosas que prometerão uma vida “feliz”, de “sucesso”, de ostentação ou, parafraseando o velho ditado, uma vida “tapando o sol com a peneira”.

João Paulo Severo da Costa.
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