As Vitórias do Cotidiano!
Como é bom ver a vibração e entusiasmo das pessoas com as Olimpíadas de Tóquio.
Muitas não se importam com a modalidade esportiva, o importante é torcer pelo time brasileiro, cujos atletas muito se esforçaram para estar na maior competição esportiva do mundo.
Mas fico pensando, por que inúmeras pessoas vibram com as vitórias dos outros- a maioria desconhecidos- e, contudo, não são capazes de reconhecer e vibrar com as suas próprias conquistas?
As pequenas vitórias do cotidiano, ou gigantes, conforme o olhar, passam despercebidas, ou quando percebidas, não são capazes de esboçar nem ao menos um simples sorriso.
As várias missões realizadas no trabalho, um teto para morar, uma mesa com alimentos, a vida de um filho, o seu abraço, o beijo do cônjuge, a saúde… e toda a imensidão de oportunidades que temos de sorrir e vibrar durante o dia que vivemos.
Cada uma dessas questões diárias são conquistas, vitórias, o resultado de algo – não mero acontecimento que se materializou ao acaso.
Sabe algumas das diferenças para essas vitórias e as das Olimpíadas? Estas passam na televisão, são adornadas com a voz de um locutor sempre entusiasmado, tem uma medalha, um pódio no final e uma torcida. Já nas vitórias do cotidiano, o narrador somos nós mesmos; muitas vezes temos torcida, mas contrária; não há uma medalha física, muito menos pódio.
Ou seja, não há a mágica de toda uma produção.
O que será que falta para que as pessoas reconheçam e vibrem pelas suas vitórias do cotidiano? O que falta para que logo de manhã despertem e sorriam pela oportunidade de vencer e vencer de novo?
Mais uma vez, as respostas estão em cada um, em seus pensamentos; não podemos simplesmente dizer para alguém vibrar pelas inúmeras vitórias em sua vida enquanto ela não se reconhecer, não saber quem é.
Dessa forma, nunca é tarde para que as pessoas pensem em suas vidas, suas vitórias diárias, sobre as medalhas que se materializam de várias maneiras. Os Jogos Olímpicos ocorrem a cada quatro anos, enquanto a nossa vida é diária. – Despertemos para ela!
Luiz A. Wiltner- Estudante de Psicanálise
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